ENCHENDO-SE DO PARAKLETOS (ESPÍRITO SANTO DE DEUS

"Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
E andai em amor, como também Cristo
vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus,
em cheiro suave. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus." (Ef 5:1-2)

  1. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
  2. A) Personalidade do Espírito Santo: O Espírito Santo é uma Pessoa, distinta do Pai e do Filho, e não uma mera influência ou operação divina, Ele é dotado de intelecto, emoção, autoconsciência e autodeterminação.
  3. B) Pronomes Pessoais Masculinos: Estes pronomes são aplicados ao Espírito Santo (Jo 15:26; 16:7, 9, 13, 14), embora o vocábulo grego Pneuma seja substantivo neutro.

O Substantivo Masculino: Parakletos é o nome do Espírito Santo (Jo14:16,17) como sendo outro (allo) Consolador, igual a Cristo.

3) Características Pessoais:

  1. a) Inteligência (1 Co 2:10, 11; Rm 8:27)
  2. b) Vontade (1 Co 12:11).
  3. c) Amor (Rm 15:30).
  4. d) Bondade (Ne 2:20).
  5. e) Tristeza (Ef 3:30; Is 63:10).

4) Atos Pessoais:

  1. a) Ele perscruta (1 Co 2:10).
  2. b) Ele fala (Ap 2:7; Gl 4:6; Jo 15:26).
  3. c) Ele intercede (Rm 8:26).
  4. d) Ele ensina (Jo 14:26).
  5. e) Ele guia (Jo 16:12-14; Ne 9:20).
  6. f) Ele chama (At 13:2; 20:28).

B) Divindade: O Espírito Santo é co-eterno e consubstancial com o Pai e o Filho:

1) Nomes Divinos:

  1. a) Deus (At 5:3-4).
  2. b) Senhor (2 Co 3:18).

2) Atributos Divinos:

  1. a) Eternidade (Hb 9:14).
  2. b) Onipresença (Sl 139:7-10).
  3. c) Onipotência (Lc 1:35).
  4. d) Onisciência (1 Co 2:10-11).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO:

  1. A) Em relação ao universo material: Ele participou da obra da criação (Jó 33:4; Sl 104:29-30).
  2. B) Em relação aos homens não regenerados:

1) Luta (Gn 6:3).

2) Testifica (Jo 15:26; At 5:32).

3) Convence (Jo 16:8-11).

  1. C) Em relação aos cristãos:

1) Regenera (Jo 3:3-6: 6:63; Tt 3:5).

2) Batiza (Jo 1:32-34; 1Co 12:13; At 1:5).

3) Habita (1Co 3:16: 6:15-19; Rm 8:9).

4) Sela (Ef 1:13-14; 4:30).

5) Testifica (Rm 8:14,16).

6) Fortalece (Ef 3:16).

7) Enche (Ef 5:18-20).

8) Liberta (Rm 8:2).

9) Guia (Rm 8:14; At 8:27-29; 13:2,4).

10) Ilumina (1Co 2:12-14).

11) Instrui (Jo 16:13,14).

12) Capacita (1Ts 1:5; At 1:8; 1Co 2:1-5).

13) Produz Frutos (Gl 5:22-23; Fp 3:3; At 2:11).

14) Intercede (Rm 8:26; Jd 20).

  1. D) Em relação a Cristo:

1) Concebido pelo Espírito Santo (Lc 1:35).

2) Ungido pelo Espírito Santo (At 10:38; Is 11:2; 61:1; Lc 4:14,18; Mt 12:7,18)

3) Guiado pelo Espírito Santo (Mt 4:1).

4) Cheio do Espírito Santo (Lc 4:1; Lc 4:1; Jo 2:24).

5) Ministério (Lc 4:14;18, 19; Is 61:1).

6) Sacrifício (Hb 9:14).

7) Ressurreição (Rm 8:11; Rm 1:4).

8) Deu os Mandamentos pelo Espírito Santo (At 1:1-2).

  1. E) Em relação às Escrituras:

1) É o Seu Autor (2 Pd 1:20-21; 2Tm 3:16; 2Pd 3:15-16; Jo 16:13).

2) É o Seu Intérprete (Ef 1:17; 1Co 2:9-14; Jo 16:14-16; 2Pd 1:20-21; 1Jo 2:20,27).

O ESPÍRITO SANTO

At 5:2-3: "Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus."

É essencial que os cristãos reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1:2: Jó 26:13; 22:4; Sl 104:30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pd 1:21), nem o NT (Jo 14:26, 1Co 14:26; 1Co 2:10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1:8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo é revelado como Pessoa através da Bíblia, com sua própria individualidade (2Co 3:17,18; Hb 9:14; 1 Pd 1:2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho. O Espírito Santo não é mera influência de poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8:27), sente (Rm 15:30), determina (1 Co 12:11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão com os servos de Cristo. E, foi enviado pelo Pai para levar os cristãos à íntima presença e comunhão com o Senhor Jesus (Jo 14:16-18, 26). À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1:11).

A OBRA DO ESPÍRITO SANTO

(1) A revelação do Espírito Santo no AT. (2) A revelação do Espírito Santo no NT.

(a) O Espírito Santo é o agente da salvação. É Ele quem convence o pecador (Jo 16:7,8), e revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14:16,26); realiza o novo nascimento (Jo 3:3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co 12-13). Na conversão, o cristão crendo em Cristo, recebe o Espírito Santo (Jo 3:3-6; 20:22) e se torna co-participantes da natureza divina (2 Pd 1:4).

(b) O Espírito Santo é o agente da santificação do cristão. Na conversão, o Espírito Santo passa a habitar no novo convertido a Cristo, o qual começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8:9; 1Co 6:19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar no cristão. Ele o santifica, i.e., purifica, dirige e leva-os a uma vida santa, libertando-os da escravidão ao pecado (Rm 8:2-4; Gl 5:16,17; 2Ts 2:13). Ele testifica que somos filhos de Deus (Rm 9:16), ajuda-nos na adoração a Deus (At 10:45,46; Rm 8:26,27) e na vida de oração, e intercede pelos cristãos quando clamam a Deus (Rm 8:26-27). Ele produz nos cristãos as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5:22, 23; 1 Pd 1:2). Ele é o mestre divino, que guia os cristãos em toda a verdade (Jo 16:13; 14:26; 1 Co 2:1016) e também revela Jesus e guia-nos em estreita comunhão e união com Ele (Jo 14:16-18: 16). Ele comunica o amor de Deus (Rm 5:5) e alegra, consola, ajuda a todos os cristãos que permanecem em fidelidade contínua (Jo 14:16: 1Ts 1:6).

(c) O Espírito Santo é o agente divino para o serviço ao Senhor, revestindo os cristãos de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho Dele. Esta obra do Espírito Santo relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito. Quando os cristãos são batizados no Espírito, recebem poder para testemunhar de Cristo e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (Jo 1:8). Assim, recebemos a mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo 1:32,33) e sobre os primeiros discípulos (Ef 1:5), e capacita a proclamar a Palavra de Deus (Ef 1:9) e a operar milagres (2:43; 3:2-8; 5:15; 6:8; 10:38). O plano de Deus é que todos os cristãos recebam o batismo no Espírito Santo (2:39). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1 Co 12-14). Estes dons são uma manifestação do Espírito através dos santos, visando o bem de todos (1Co 12:7-11).

(d) O Espírito Santo é o agente divino que batiza ou implanta os cristãos no corpo de Cristo, que é sua igreja (1Co 12:13) e que permanece nela (1Co 3:16), edificando-a (Ef 2:22), e nela inspirando a adoração a Deus (Fp 3:3), dirigindo a sua missão (13:2-4), escolhendo seus obreiros (20:28) e concedendo-lhe dons (1Co 12:4-11), escolhendo seus pregadores (1Co2:4), resguardando o evangelho contra os erros (2 Tm 1:14) e efetuando a sua retidão (Jo 16:8; 1Co 3:16: 1Pd 1:2).

(3) As diversas operações do Espírito são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do Espírito Santo formam um todo, não havendo plena separação entre elas. Alguém não pode ter (a) a nova vida total em Cristo; (b) um santo viver; (c) o poder para testemunhar do Senhor, ou (d) a comunhão no seu corpo, sem exercitar estas quatro coisas. Por exemplo: uma pessoa não pode conservar o batismo no Espírito Santo se não vive uma vida de retidão, produzida pelo mesmo Espírito, que conduz esta mesma pessoa no conhecimento das verdades bíblicas e sua obediência às mesmas.

Busquemos estar cheios do Espírito de Deus, vivendo e andando Nele. Assim, estaremos experimentando a plenitude espiritual desejada por Deus para todos os cristãos.


DOUTRINA BÍBLICA DO DÍZIMO

O dízimo será santo ao SENHOR (Lv 27:32)

Dízimo é a palavra que envolve dois elementos o de sua natureza matemática, que está em seu nome latino décima, e que significa "a décima parte". Que tem objetivo de sustentar a Obra do SENHOR, e Deus ensina seus vários aspectos, a saber:

ANTES DE MOISÉS – O dízimo aparece na Bíblia, pela primeira vez em Gênesis 14:18-20. Abraão é o primeiro dizimista registrado na história. O seu dízimo tem um caráter religioso, embora fosse tirado de despojos de guerra, e foi entregue ao Sacerdote Melquisedeque para o sustento do culto ao Senhor. Jacó fez uma promessa a Deus que, se fosse bem-sucedido em sua viagem, ele seria dizimista (Gn 28:18-22).

Antes de Moisés, o dízimo era um percentual de 10%, que os hebreus davam para o sustento do culto. O texto bíblico sugere que, no tempo de Abraão e de Jacó, o dízimo era dado voluntariamente e com amor.

DEPOIS DE MOISÉS – Moisés incorporou o dízimo à lei e o tornou um ato legal e obrigatório, (Lv 27:30-32, Nm 18:20-28; Dt 14:22-29), e quem não o pagava, tornava-se sonegador, ladrão (Ml 3:8-10). Assim, antes de Moisés, o dízimo era um ato voluntário e dado como prova de amor, de gratidão e de fidelidade. Depois de Moisés, o dízimo passou a ser um ato obrigatório, tornando seus devedores sonegadores e ladrões.

NO TEMPO DE CRISTO

Quem diz que o dízimo não é uma doutrina cristã, mas uma prática exclusivamente judaica, não sabe o que está falando. Jesus reconheceu a necessidade do dízimo para o sustento do culto e recomendou a sua prática (Mt 23:23).

A questão para o cristão, não é saber se o dízimo é ou não uma doutrina cristã, mas como ele deve ser praticado: deve ser dado como um ato voluntário, e de amor, como fez Abraão, e Jacó, ou pago como um ato legal e obrigatório como instituiu Moisés? A resposta está em Hb 7 e 2 Co 9:7.

Com efeito, o dízimo cristão é um ato voluntário e dado como uma prova de amor, de gratidão, de fé, de fidelidade e de interesse pela causa de Cristo. Isso porque o Cristianismo se fundamenta na ordem sacerdotal de Melquisedeque, a quem Abraão deu o dízimo, e não na ordem sacerdotal de Levi, a quem Moisés pagou o dízimo (Hb 7, 2 Co 9:7).

Ninguém é obrigado a dar o dízimo, mas se alguém assumir o compromisso (fizer um voto), moralmente está obrigado a cumpri-lo para com Deus. No livro de Eclesiastes (5:1-6), está dito que: "Quando a Deus fizeres algum voto, não tarde em cumpri-lo, porque ele não se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes, do que votes e não pagues".

Não negligencie o teu dever. "O dízimo será santo ao Senhor" (Lv 27:32). Faça da entrega de seu dízimo, um ato de culto aceitável e agradável ao Senhor (Fp 4:16-17).



A DÁDIVA DO PERDÃO

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas

de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade. Suportando-vos
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro;
assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. (Cl 3:12-13).

  1. Deus é perdoador

Mt 6:9-15 A Oração do Pai Nosso ensina que o perdão é dever recíproco dos cristãos: Mt 6:12: "Pai perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores"

Ne 9:17: "…ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te…"

Is 43:25: Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.

Mq 7:19: Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar.

  1. Deus nos perdoa. E como é que Deus nos perdoa?

Não mais se lembrando de nossos pecados (Hb 8:12); lançando-os nas profundezas do mar do esquecimento (Mq 7:19); apagando-os completamente (Is 44:22); e daí em diante, age conosco como se nunca tivéssemos cometido qualquer tipo de pecado. Esta é a forma de perdão que todo Cristão deve praticar para com todos àqueles que os tenham ofendido (Ef 4:32, 5:1).

  1. Valor do Perdão

Ex. Jacó e Esaú; José e seus irmãos→ reconciliação recíproca e imediata.

  1. Características do perdão
  2. a) É ilimitado (Mt 21:22): "Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete" ( 22); b) Deve ser sincero (Mt 18:35) .
  3. Os resultados do perdão:
  4. a) Cura espiritual.

Deus tem propósito de vida espiritual saudável para cada cristão, no espírito, no corpo, na mente, na vontade e nas emoções, que só pode ser alcançado com o perdão.

  1. b) Libertação.

O Cristão que perdoa estará liberto das prisões e feridas do pecado, passando a viver em liberdade. O cristão que não perdoa vive preso pelas amarras das mágoas, mas as prisões espirituais são quebradas por Jesus através do perdão.

  1. c) Saúde psicofísica.

Vários tipos de câncer e enfermidades do corpo provêm da falta de perdão, que provocam: ressentimentos, amargura, mágoa, raiva, ódio, desejo de retribuição, tudo isso tanto afeta a alma como todo o corpo, e tira a paz da pessoa.

Leiamos Rm 3.10-18:

10Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.11Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.12Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.13A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; 14Cuja boca está cheia de maldição e amargura.15Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.16Em seus caminhos há destruição e miséria; 17E não conheceram o caminho da paz.18Não há temor de Deus diante de seus olhos.

A partir desse entendimento, agora, quando Satanás tentar usar alguém para lhe ferir, não aceite permanecer com a ferida, busque a cura através do perdão. Não veja a pessoa que te feriu, mas veja Satanás usando aquela pessoa que você ama para te ferir. A pessoa é apenas um instrumento do Inimigo. Por isso devemos ter em mente que a nossa luta não é contra pessoas, mas contra as forças das trevas que usam as pessoas (Ef 6:12)

Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão (Gl 5.1).


ANDAR COM DEUS

E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais,

porquanto Deus para si o tomou. Gn 5:24

A Bíblia informa que Enoque começou a andar com Deus, depois que gerou a Matusalém aos 65 anos (Gn 5:22). Então, após ter sido pai, é que nele despertou o sentimento do que Deus é o Pai da humanidade. O capítulo 5 de Gênesis apresenta uma lista de vários patriarcas. Começa com Adão, depois Sete, Enos, Quenã, Maalaléu, Jarede, e chega ao sétimo deles que é Enoque, que excedeu a todos os anteriores em procedimento virtuoso. E a Bíblia afirma que ele alcançou testemunho que agradara a Deus.

A pergunta é: o que foi que Ele descobriu para relacionar-se tão intimamente com Deus? Nós precisamos saber para imitá-lo. A Palavra não diz que Enoque vivia com Deus, mas que andava com Deus. Andar com Deus é Tê-LO diante de nós e à nossa frente; é conhecer Seus desejos, e não andar na frente d'Ele. Andar junto requer afeição e amor. Podemos supor que Adão tenha falado com Enoque sobre suas lembranças do Paraíso! É significativo que Enoque tenha sido chamado o "sétimo depois de Adão", pois esse é o número perfeito da divindade. Daí porque Deus o levou para Si, significa que ele não morreu como os demais homens.

Leiamos Gn 5:18-24:

"18 E viveu Jarede cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque. 19 E viveu Jarede, depois que gerou a Enoque, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 20 E foram todos os dias de Jarede novecentos e sessenta e dois anos, e morreu. 21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. 22 E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. 23 E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. 24 E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou".

Andar junto requer acordo e entendimento, pois como diz Amós 3:3: "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?". Portanto, andar junto exige afeição e amor. Judas "14 Para estes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares santos; 15 Para executar juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. 16 Estes são murmuradores, queixosos da sua sorte, andando segundo as suas concupiscências, e cuja boca diz coisas mui arrogantes, admirando as pessoas por causa do interesse".

Veja que o texto de Judas informa que Enoque profetizou coisas importantes e íntimas de Deus, somente revelada a amigos íntimos. E o texto deixa claro que Enoque era profeta, isto é, aquele que recebe uma informação de Deus antes de todo mundo, e também mostra que profetizara da segunda vinda de Cristo, e se o fez, foi porque certamente conheceu a primeira! Hebreus 11:5: "Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus". Enoque profetizou sobre a vinda do SENHOR, com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos os ímpios por todas as palavras duras que eles disseram contra o Senhor Jesus. É possível viver e caminhar com Deus em meio a tamanha decadência moral nos dias de hoje? O testemunho de Enoque mostra que é totalmente possível. Enoque também viveu em meio à sociedade corrompida, mas provou que é possível ter vida com Deus em qualquer circunstância.

O homem foi feito do barro e a natureza de Deus é espírito, e a vocação do homem é revelar através da sua humanidade a glória de Deus. Aqui está a felicidade mais profunda que é viver para agradar a Deus. A palavra hebraica traduzida por andar significa "caminhar habitualmente". Enoque teve relacionamento íntimo com Deus todos os dias, por 300 anos (3 séculos), ele tinha um profundo respeito e reconhecimento da majestade de Deus a ponto de ser arrebatado e permanecer para sempre na presença de Deus. Isso mostra que a glória de Deus se revela em vasos de barro, ou seja, a natureza humana de Enoque não era impedimento para andar com Deus. A felicidade mais profunda se consegue andando com Deus para agradar-Lhe. Assim, a vida humana que agrada a Deus adquire dimensão transcendental, vale dizer, a vida de Enoque não era mais dele e sim de Deus.

Enoque nos mostra que a oração traz crescimento espiritual e maturidade contínua e progressiva na fé. A vida pode parecer difícil, mas Deus é bom e misericordioso. Pode parecer imprevisível, mas Deus é soberano, pode parecer injusta, mas Deus é justo e amoroso. Pode parecer temporária, mas Deus é eterno.

Daí porque precisamos contar a Deus tudo o que está em nosso coração: as dificuldades que enfrentamos no dia a dia, para que Ele nos conforte; falar sobre as ambições para que Ele nos purifique; mencionar os fatos que Lhe desagrada para que Ele nos ajude a vencê-los; expor as tentações para que Ele nos proteja e nos livre. É preciso, pois, abrir o coração para Deus rogando que Ele nos cure de todo sentimento contrário à vida afim de que possamos manter o propósito correto que faz toda a diferença! A oração coloca a vida humana na perspectiva certa porque a oração é um ato de amor e comunhão com Deus, é o momento certo em que o Espírito Santo nos ajuda a vencer todas as tribulações desta vida terrena.


FRUTO DO ESPÍRITO

    "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
  1. benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança." (Gl 5:22)

    Fruto é o produto certo da vida saudável da árvore. Diz a Palavra no Salmo 92.12, 13, 14 que: "Os justos florescerão como a palmeira, crescerão como o cedro no Líbano. Estão plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão viçosos e florescentes."

    O Fruto do Espírito compreende nove itens que vem arrolado em Gl 5.22, conforme segue:

    1. AMOR → é o amor desinteressado que o ser humano pode manifestar pelo próximo, porquanto tem origem no "amor de Deus que está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Gl 5.5).

    Antes de prosseguir com os frutos veremos os tipos de amor:

    "Eros" → é a palavra usada para descrever o amor entre os sexos masculino e feminino, portanto, descreve o amor físico dos seres humanos, do sexo masculino e feminino o qual deve produzir satisfação própria.

    "Filia" → é o amor secular que expressa um relacionamento terno e carinhoso. Envolve o lado físico do amor: abraçar, cariciar. Pode ser amor de amizade. O amor filia pode murchar no sentido de que a amizade pode acabar (Jo 5.20; Mt 26.48 = beijo de Judas). Perceba a sequência, Jesus o chama de amigo.

    "Storge" → Rm 1.31; 2Tm 3.3 "sem afeição natural" = desafeiçoado.

    É a palavra que descreve o amor do lar, dos pais para com os filhos e destes para com os pais, entre irmãos e parentes em geral. No final dos tempos teremos falta desse amor.

    "Ágape" → nasce no meio da religião cristã. Descreve a entrega de alguém à pessoa amada. Está preocupado com o "sumo bem das pessoas". Eu faço qualquer coisa para fazer alguém feliz. Amar é dar. Foi o que Deus fez. Ele deu seu Filho Jesus em sacrifício por nós.

    1. Alegria → é o verbo usado 72 vezes no N. T. e 60 no A. T. A vida cristã é uma vida de alegria que abrange a satisfação, o contentamento, porque é bem aventurança que vem de Deus.
    2. PAZ → é a tradução da palavra SHALON em hebraico. Não expressa apenas o desejo passivo de que a vida esteja sem problema. Paz é igual a bênção para a pessoa, abençoar a pessoa. Essa é a paz em nós.

    >Rm 5.1 = Paz com Deus

    >Fp 4.7 = Paz de Deus Pode ser paz e amor (erene + ágape)

    >Jo 14.27 = Paz de Jesus

    1. LONGANIMIDADE → É paciência parecida com a de Jó, de longo ânimo. De grande boa vontade para com as pessoas. Descreve a paciência de Deus que aguarda como o pai do filho pródigo. Ao contrário da impaciência que em pouco tampo age com ira destrutiva.
    2. BENIGNIDADE → é a ternura, gentileza, doçura de gênio → cavalheirismo (amor filia) considerai-vos uns aos outros. Descreve a qualidade do coração e da emoção que vem do interior.
    3. BONDADE → é a qualidade de agir com benevolência. Prática com o próximo.
    4. FIDELIDADE→ é uma virtude ética, enfatiza mais o relacionamento conosco mesmo do que com o próximo ou com Deus. Descreve um traço do nosso caráter e pode ser definida como confiabilidade, fidedignidade e credibilidade. Significa termos uma vida confiável de credibilidade.
    5. MANSIDÃO → descreve uma vida de força, mas ao mesmo tempo de suavidade é a humildade e tolerância, é a entrega dos meus direitos aos Sanhor. Platão diz que mansidão: "descreve o cão de guarda, que revela hostilidade valente aos estranhos e amizade gentil para com os da casa aos quais conhece e ama". Se alguém me rouba um carro o problema é de Jesus e não meu. Ou se alguém é agressivo ou briguento comigo, esse alguém prestará contas a Jesus.
    6. DOMÍNIO PRÓPRIO → é a nossa vitória sobre o desejo. É o ser humano que se esforça para vencer e em tudo se domina. Os desejos procuram desviar-nos do caminho, da razão, mas quem tem o domínio próprio os mantém controlados. Ex. na área dos prazeres: alimentação, sexo, preguiça, ociosidade, vícios. O não controle causa a desgraça do ser humano. A pessoa controlada pelo Espírito Santo tem domínio próprio. Em Tito 1.9: "retendo firme e fiel palavra, que é conforme a doutrina para que seja poderoso, tanto para admoestar com sã doutrina como para convencer os contradizentes". Qualidades que o homem e a mulher de Deus devem ter.

    (1 Co 9.25: "Todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível")


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